A CONSOANTE nasceu daquilo que quase ninguém nota, mas está sempre lá: o que dá base, estrutura, ritmo. As consoantes, na linguagem, não brilham sozinhas, mas sustentam tudo. E é desse lugar, meio invisível, meio essencial, que vem o nosso nome. A gente parte da banalidade para criar. Do simples que pode ser engraçado, sensual, afetivo ou só estranho mesmo. Nossas peças não precisam ter um sentido exato para existir. Elas nascem da vontade de fazer, do gesto, do desejo, do tédio, da dúvida, do impulso.
É uma marca pensada para quem se veste antes de se explicar. A comunicação é descomplicada, mas cheia de personalidade. A gente fala com quem gosta de brincar com o próprio corpo, com o estilo, com o que é permitido ou não. A sensualidade aparece, mas não do jeito óbvio. Às vezes está na roupa, às vezes no jeito de usar. É uma marca que prefere a dúvida à certeza, o riso ao discurso, e que acredita que a liberdade de se vestir é, no fim, liberdade de existir.
Por trás da Direção Criativa está Matheus da Maia, formado em Moda pela Universidade do Estado de Santa Catarina (UDESC). Seu trabalho parte de um olhar curioso, atento às pequenas coisas, às formas do cotidiano, às camadas de identidade que a roupa pode carregar. Ele não cria para resolver nada, mas para abrir espaço. Espaço para o novo, para o desconforto, para o erro, para tudo que não cabe direito nas fórmulas da moda tradicional. A CONSOANTE é o reflexo disso: um lugar de experimentação, sem pressa de se encaixar.
Baseada em Florianópolis, a marca existe como um projeto coletivo, que só se sustenta graças ao trabalho de muitas mãos. Cada coleção é uma narrativa independente, mas parte de um universo comum, um conjunto de capítulos soltos que, juntos, contam uma mesma história. E é por isso que as peças não possuem reposição: são únicas, produzidas em pequena escala, respeitando uma cadeia produtiva ética e justa. O processo importa tanto quanto o resultado, e isso se reflete em cada etapa da criação, do conceito ao produto final.